Caio Menezes
Paulista é conhecido como um dos melhores b-boys do Brasil. Ele representa o País em diversas competições internacionais, misturando break com a ginga da capoeira. Ao iG, ele fala sobre a nova geração local da dança: "dá para ganhar dos gringos"Ele não é filho do Rei do Futebol, nem está na seleção de Scolari que vai defender o país a partir do dia 12 na #CopadoMundo. Mas não é à toa que Alex José Gomes Eduardo é conhecido como Pelezinho: aos 32 anos, o paulista é o melhor do Brasil quando o assunto é break e, na pista de dança, o b-boy é tão imbatível quanto era seu xará nos gramados.
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Na pista, literalmente, há 19 anos, Pelezinho é o maior expoente brasileiro na modalidade e costuma representar o País em eventos internacionais. Em 2005 e 2006, ele foi o 4º colocado na final mundial do Red Bull BC One, o maior campeonato de dança 1 vs 1 do planeta.
“Fui o primeiro b-boy brasileiro a participar do BC One”, contou o dançarino ao iG, durante a final nacional da competição, na última semana.
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Foi no subúrbio de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, que Alex começou a se transformar no Pelezinho, lá em 1995. “Comecei a dançar vendo alguns amigos. Achei incrível”, lembrou. Mas a dança parecia estar correndo no sangue do paulista. “Eu já venho de uma família de sambistas e capoeiristas, então já tinha um pouco de dança e capoeira, e vi que tinha tudo a ver."
Essa mistura de passos e golpes de capoeira foi fundamental no desenvolvimento do dançarino e em seu sucesso. Afinal não é todo mundo que consegue unir tão bem coisas que não são tão familiares. Mas Pelezinho acredita que é isso que diferencia um b-boy. “Eu gosto muito do b-boy completo e que ele tenha sua própria identidade, porque ele é brasileiro”, disse. Para ele, o melhor b-boy é aquele que incorpora cultura na dança. “Eu acho interessante ele adquirir essa postura de onde ele vive."
Hoje com 32 anos, Pelezinho vive da dança e é cheio de orgulho por ossp. “A dança mudou minha vida, eu poderia muito bem não estar aqui hoje”, disse. “Eu poderia ter seguido aquela história de morar em um bairro que não tem tantas coisas legais, aquela história que todo mundo já sabe. Mas graças a Deus eu tive a opção de poder dançar break e nisso construí uma trajetória."
É só pegar o currículo do b-boy para ver tudo que a dança fez por ele. Só para participar de competições, o paulista já visitou países como Alemanha, Coréia do Sul e Portugal, além de ter rodado o Brasil inspirando diversos dançarinos.
"A dança mudou minha vida", diz Pelezinho em entrevista ao iG
Foto: Edu Cesar/iG
Ratin venceu a final nacional do Red Bull BC One, que rolou em São Paulo nesse domingo (1)
Foto: Edu Cesar
Ratin venceu a final nacional do Red Bull BC One, que rolou em São Paulo nesse domingo (1)
Foto: Edu Cesar
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Ratin venceu a final nacional do Red Bull BC One, que rolou em São Paulo nesse domingo (1)
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Foto: Edu Cesar
Ratin venceu a final nacional do Red Bull BC One, que rolou em São Paulo nesse domingo (1)
Foto: Edu Cesar
Recentemente Pelezinho tem trocado o tablado pelas cadeiras dos jurados e reconhece a importância de campeonatos que promovem a cultura do b-boying. “Ele propõe um sonho de disputar um campeonato mundial fora do Brasil, mostrar até para sua família o que você está fazendo”, explicou. “Isso pode mudar a vida de um adolescente. Mudou a minha."
Mas está enganado quem acha que o paulista é um em um milhão: o Brasil está recheado de talentos no break. “O nível brasileiro está muito forte, muito forte”, acredita o b-boy. E se depender da avaliação dele, em breve nós teremos muitos Pelezinhos representando nosso país. “A geração brasileira é muito boa, muito boa mesmo, dá para ganhar dos gringos."
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