iG São Paulo
O evento de tecnologia tem palestras durante o dia, mas à noite vira uma grande balada nerd. A repórter Natália Eiras foi acampar no local e conta sua experiênciaQuando você vê os participantes da Campus Party engajados em ir a todas as palestras de seu assunto de interesse, pesquisando novas tecnologias e estudando, você pode até pensar que o evento de tecnologia é um tanto chato. Mas depois que as portas da zona expo são fechadas e o relógio badala a meia-noite, a festa, que acontece até domingo (3) em São Paulo, se transforma em um verdadeiro acampamento onde a palavra de ordem é se divertir.
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Cheguei à Campus Party na quinta-feira (31) por volta das 20h. As palestras ainda estavam rolando e alguns palcos estavam especialmente cheios, então foi fácil fazer os trâmites burocráticos pelas quais você tem que passar quando se é um campuseiro: o credenciamento e o registro do computador.
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Começamos a nos sentir mais campuseiros quando pisamos no camping e vimos aquela imensidão de barraquinhas. Um nerd que se dispõe a passar quase uma semana morando em uma tenda é preciso se preparar: vários adaptadores, carregadores e produtos de higiene pessoal lotam a bagagem deste pessoal. Por isso, chego ao local cheia de malas.
Enchi o colchão inflável e larguei as minhas coisas dentro da barraca, não esquecendo de trancá-la com um cadeado, o melhor amigo de um morador da Campus Party.
Antes de aproveitar o evento em si, eu bati um papo com o Jovem Nerd e Azaghal, que estavam na feira para fazer um programa diário em um dos stands e dar uma palestra. Por isso, só consegui me sentar em uma das famosas bancadas quando já era perto das 22h30.
Se você vai sozinho à Campus Party, você não precisa se preocupar porque fará amigos quase no mesmo instante em que sentar em uma das mesas. O pessoal vai ao evento pronto para conversar com todo mundo e logo se tornam companheiros inseparáveis durante toda a feira. Tanto que, pouco tempo depois, eu já estava em uma fila de brindes com eles.
A última palestra do evento acabou por volta das 23h40 e, por alguns momentos, prevaleceu um “quase” silêncio. Quase porque, como são 6 mil pessoas acampadas dentro do galpão do Anhembi, é muito difícil ficar um silêncio completo. Só que mesmo esta pseudo-quietude foi quebrada quando os participantes começaram a gritar algumas brincadeiras típicas da Campus Party.
À 0h40, eu ouço a música “Gangnam Style”, do Psy, tocando bastante alto em algum lugar da arena. Quando olhei com mais atenção, estava acontecendo um flashmob em que os campuseiros estavam dançando a coreografia hit do músico coreano. É claro que eu participei da brincadeira.
A madrugada prosseguiu com algumas correrias e gincanas por brindes, brincadeiras entre os próprios campuseiros e bate-papos na internet. Por volta das 2h20 da manhã, eu recebo um convite para jogar uma partida de Uno turbinada, em que havia um tratado de silêncio e, em alguns momentos, você tinha que bater na mão de seus oponentes o mais forte possível.
Participei do jogo até as 4h da manhã, quando decidi me trocar. Coloquei o pijama, mas vi que ainda estava elétrica demais para cair no sono na barraca, já que o lugar está sempre iluminado e o barulho da arena não para. Por isso, a dica é ir deitar quando se está caindo de sono.
Como é bastante nerd junto, o evento tem os seus próprios memes. O mais marcante desta edição é, com certeza, a Campus Pizza (veja o vídeo abaixo). Durante a madrugada, algumas vendedoras passam pelas bancadas gritando:: “Olha a pizza!”. A frase caiu no gosto da galera e, às 4h15, eu vi uma multidão gritando-a, enquanto brandia cartazes para que a vendedora conseguisse vender a sua última unidade da refeição. O momento rendeu algumas risadas e muitas fotos.
Por fim, por volta das 5h, eu decidi me deitar. Como o dia foi longo, caí no sono quase instantaneamente e nem percebi que o meu colchão inflável já estava mais vazio do que eu gostaria.
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