iG São Paulo
Tópico do Twitter ajuda campuseiros a divulgar seus trabalhos, saber o que está acontecendo na Arena, fazer reclamações, novos amigos e até paquerasAssim como em qualquer acampamento, a Campus Party 2013 tem gincana, paquera, panelinhas e gente que não quer deixar ninguém dormir. Mas o grande diferencial que os nerds trazem à experiência é a forma como eles se comunicam, conhecem pessoas, trocam opiniões e, se derem sorte, até arranjam namorada. Na Campus Party 2013, que acontece desde segunda-feira (28) em São Paulo, o segredo para se dar bem é ficar ligado na hashtag #cpbr6 do Twitter.
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“De cinco em cinco minutos a timeline atualiza e você fica sabendo o que as pessoas estão vendo, que palestras estão rolando”, diz Fernanda Gadeia Geraissate, física e programadora de 27 anos. “O pessoal divulga os trabalhos que estão fazendo, as suas empresas, promoções que estão acontecendo”, explica a jovem.
Além de juntar várias informações em apenas um lugar, a hashtag também ajuda, e às vezes atrapalha, na hora da paquera. “Tem cara que manda reply já dizendo que tem terceiras e quartas intenções”, conta a autônoma Elaine Oki de Almeida, de 26 anos.
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A prática ganha ainda mais gás quando meninas, e alguns garotos, turbinam os profiles do Twitter com fotos mais bonitas no avatar pra chamar mais atenção e também novos seguidores.
O uso do Twitter para se comunicar dentro do evento é tão comum que, logo que chegam no local, os campuseiros abrem uma janela no computador com a pesquisa na hashtag.
Ainda mais desde 2012, quando o evento começou a receber 8 mil campuseiros, em vez dos 6,8 mil que foram às edições anteriores, e se tornou quase impossível saber tudo o que estava acontecendo no Anhembi.
“Muitas das notícias da Campus Party a gente fica sabendo pela hashtag”, conta o estudante de engenharia da computação Wiles Junior, de 22 anos. “Ela ajuda a divulgar os acontecimentos. Acontece algo aqui e alguém twitta usando o hashtag, a pessoa vê e faz um aglomerado”, explica Michel Gouveia, de 21 anos, também estudante de engenharia da computação.
Mas, mesmo antes da feira ganhar grandes proporções, os organizadores já incentivavam o uso da hashtag durante o evento, já que ela cria um “barulho” na internet e instiga a curiosidade de pessoas que não estão tão ligadas no evento.
Campus Party 3012 começou mais vazia do que nos anos anteriores, mas mais bem organizada
Foto: Alexandre Carvalho / Fotoarena
Pablo Lopez e Fernando Almeida vieram para a Campus Party pela primeira vez
Foto: Fotoarena/Alexandre Carvalho
Treze palcos recebem palestras sobre robótica, software livre e empreendedorismo
Foto: Alexandre Carvalho / Fotoarena
Serão mais de 500 horas de programação até o dia 3 de fevereiro
Foto: Alexandre Carvalho / Fotoarena
Fãs de robótica constroem protótipo durante workshop na Campus Party
Foto: Alexandre Carvalho / Fotoarena
Campuseiro aproveita para jogar videogame entre as palestras
Foto: Alexandre Carvalho / Fotoarena
PCs turbinados, como este em forma do Homem de Ferro, são atração da arena
Foto: Alexandre Carvalho / Fotoarena
Os empresários Carolina, 29, e Demétrio Calazaris, 31, com o filho Carlos, que é o campuseiro mais jovem do evento
Foto: Alexandre Carvalho / Fotoarena
Computadores turbinados são atração da sexta edição da Campus Party
Foto: Alexandre Carvalho / Fotoarena
Fãs de tecnologia acampam no centro de exposições do Anhembi até domingo
Foto: Alexandre Carvalho / Fotoarena
Campuseira aproveita tempo livre para checar o celular
Foto: Alexandre Carvalho / Fotoarena
Participante brinca com Kinect
Foto: Alexandre Carvalho / Fotoarena
Participante brinca com Kinect
Foto: Alexandre Carvalho / Fotoarena
Luta de sumô é uma das atrações da Campus Party
Foto: Alexandre Carvalho / Fotoarena
Campuseiro relaxa na arena comum dos participantes do evento
Foto: Alexandre Carvalho / Fotoarena
Os visitantes aproveitam o evento para manifestar seus gostos através de camisetas e bandeiras
Foto: Alexandre Carvalho / Fotoarena
Estandes com jogos de videogame podem ser acessados por campuseiros e por visitantes
Foto: Alexandre Carvalho / Fotoarena
Campuseiro transformou o seu computador em um robô de desenho japonês
Foto: Alexandre Carvalho / Fotoarena
#reivindicações
Além de ajudar a divulgar o evento, a #cpbr também é usada pelos campuseiros para fazer reclamações e às vezes conseguir algumas melhores na organização dele.
“Em 2011, haviam filas homéricas e todo mundo reclamou sobre no Twitter, aí no passado eles começaram a mandar as credenciais pelo correio e melhorou bastante. Neste ano, este problema nem existiu”, explica Fernanda Gadeia Geraissate.
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Enquanto o “bate-papo” pode ser bom ou ruim para a própria Campus Party, a prática só ajuda os donos de pequenas e grandes marcas que a utilizam para divulgar seus produtos e, claro, distribuição de brindes, que costuma causar comoção na arena dos campuseiros.
“A gente fica bastante ligado nas promoções, principalmente”, explica Wiles. Tanto que, enquanto o estudante conversava com a reportagem, o colega da mesa ao lado dele saiu correndo de repente porque havia visto que estava rolando uma distribuição de brindes em algum lugar do Anhembi. “Ele sai correndo e nem avisa a gente”, brinca.
A ansiedade por presentes de marcas que estão na Campus Party dá corda para campuseiros mais brincalhões, que fazem “brindes troll”. Neles, estes participantes pregam peças em seus companheiros dando missões absurdas em troca de supostos presentes.
“Mas a gente também faz contatos profissionais aqui dentro”, deixa claro Wiles.
Michel Gouveia conta que usa o #cpbr para conseguir dicas de gente mais experiente que ele em sua área. “Acho pessoas da minha profissão para trocar ideias. Por exemplo, acabei de adicionar um novo contato”, explica o estudante.
É claro que, apesar de todo o clima de troca de conhecimento, você também faz amizades usando a hashtag. “A pessoa twitta algo e você acaba interagindo com ela porque vocês têm um assunto em comum”, conta Wiles.
“As pessoas acabam conversando por meio da hashtag e combinam de se conhecer dentro da Campus Party”, explica Fernanda.
Ou seja, não é só de computador que os nerds vivem durante a Campus Party. Eles também usam o mundo cibernético para fazer amigos na vida real.
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